Autor: Isadora Faber 
Editora: Gutenberg
Ano: 2014
Páginas: 272
Gênero: Biografias e memórias

Resenha por: Leila
Nota: ★★★



Aos 13 anos, Isadora Faber, uma estudante de escola pública de Florianópolis (SC), indignada com os problemas de ensino e infraestrutura de seu colégio resolveu criar uma página no Facebook, o Diário de Classe, para denunciar o que estava ruim. Em pouco tempo, chamou a atenção da imprensa nacional e internacional, mobilizou milhares de seguidores e conseguiu as mudanças que reivindicou. Sua jornada foi árdua: colegas, funcionários e professores se posicionaram contra, e ela sofreu críticas, ameaças, represálias, agressões e processos. Porém, não saiu da escola, nem desistiu de sua causa. A fanpage tem hoje mais de 625 mil seguidores e inspirou a criação de centenas de outros Diários de Classe, e ela já participou de vários eventos e palestras, ganhou prêmios e fundou a ONG Isadora Faber, por meio da qual continua seu trabalho por uma educação pública de qualidade no Brasil. Mais que um relato de coragem e do poder do webativismo, este livro é um relato perturbador da situação da educação e dos serviços públicos brasileiros, que grita por cidadania e por transformações urgentes.
Há tempos ouvi falar e queria ler Diário de Classe, mas acabou caindo no esquecimento até que ao entrar numa livraria, nestas férias, ele "olhou" para mim! 
Posso dizer, colegas, que é necessário coragem para ler este livro! Muito mais para divulgá-lo! 
Isadora Faber, como qualquer menina de sua idade, 13 anos, usava o facebook. Até aqui, nenhuma novidade. O diferencial é que ela criou uma página nesta rede social para postar fotos e depoimentos de todos os problemas que encontrava em sua escola (uma escola pública da rede municipal de Florianópolis). Quem foi estudante em escola pública ou professor sabe de todas as dificuldades encontradas: problemas na infraestrutura, falta de manutenção, falta de materiais, falta de professores, somente para começar. E foi isto que ela começou a postar, além de falar sobre alguns professores que davam péssimas aulas. Imaginem a repercussão e os processos que enfrentou... E pasmem: não obteve auxílio dos colegas, que por medo de apoiá-la ou apoiar o Diário de Classe, sofressem represálias dos professores e da direção. Na escola e virtualmente passou a sofrer bullying: já não podia ir ou voltar sozinha da escola para casa! Mas como sua página acabou tendo muita visibilidade chamou a atenção da Secretaria de Educação, que, em parceria com a escola, começou a promover reparos tão esperados. Isadora pesquisou e descobriu formas e programas do MEC que injetam verba para que as escolas possam melhorar a qualidade da educação. 
Isadora foi uma estudante que acabou fazendo a diferença em sua escola e, por isso, começou a ser convidada para dar entrevistas e palestras em diversas cidades e recebeu vários prêmios, sendo suas atitudes reconhecidas mundialmente!
Ele contém um grande apelo para que não desistamos do sonho de ter uma educação de qualidade no Brasil, de usarmos a tecnologia a nosso favor, de não nos conformarmos com os problemas, mas ousarmos lutar pelas soluções! 
Não deixe de lê-lo!





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