Autor: Ana Cláudia Landi 
Editora: Bella Editora
Ano: 2015
Páginas: 316
Gênero: Biografia Jornalística
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

O baiano Divaldo Franco já pagou um alto preço por comunicar-se e interagir com espíritos desde os 4 anos: acusado de louco, charlatão e plagiador, quase se suicidou; sofreu diversas tentativas de assassinato; foi proibido de entrar em Portugal e na Espanha. Mas também realizou feitos invejáveis: acolheu 685 órfãos, que o presentearam com milhares de netos e bisnetos; proferiu mais de 15 mil palestras no Brasil e no exterior; levou o espiritismo a países onde nunca se havia falado sobre a doutrina; psicografou cerca de 300 livros, que, juntos, venderam 10 milhões de exemplares; doou toda a renda para suas obras assistenciais em Salvador (Ba). Acredite-se ou não em reencarnação, vida depois da morte e comunicação com seres desencarnados, o médium é dono de uma história fascinante, narrada em detalhes nesta biografia. 

Este livro é baseado em entrevistas realizadas por Ana Cláudia Landi, em mais de dois anos com Divaldo Pereira Franco e olhem o que ela mesma escreveu:
"Acredite-se ou não em reencarnação, vida depois da morte e comunicação com seres desencarnados, o médium é dono de uma história fascinante..." Ana Cláudia é Historiadora pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou como jornalista no Grupo Folha, Jornal da Tarde e Valor Econômico e, desde dezembro de 2013, dirige a Bella Editora.
Ana Cláudia, através de suas entrevistas e pesquisas, reuniu neste livro, tudo que pode sobre a vida de Divaldo. Nestas páginas, você vai encontrar uma pessoa comum, simples, mas que nunca se deixou abater pelos desafios encontrados na sua vida. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que sua vida é uma lição, um modelo a ser seguido por todos nós! Exemplos de humildade, trabalho e esforço, responsabilidade, dedicação, disciplina, altruísmo, caridade, perdão e amor são algumas das muitas marcas, deixadas por Divaldo, e narradas nesta obra.
Aqui, você também vai encontrar várias fotos, registros de alguns momentos da vida de Divaldo e de suas psicografias, além de várias mensagens, como: " Quando a caridade é muito discutida, o socorro chega tarde.
Você vai aprender muito com este livro!




Autor: Matthew Dicks
Editora: Moderna
Ano: 2012
Páginas: 432
Gênero: Biografias e Memórias
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

"Enquanto Max acreditar em mim, eu existo. Posso precisar da imaginação do Max para existir, mas tenho os meus pensamentos, as minhas ideias e a minha vida, tudo isso separado dele." "Max não gosta de gente da mesma forma que as outras crianças gostam. Ele gosta das pessoas, mas bem de longe. Quanto mais afastado alguém ficar de Max, mais ele vai gostar dessa pessoa." "Nós dois não gostamos da Sra. Patterson, mas ultimamente ela e Max estão estranhamente próximos.  Isso não é normal, muito menos para alguém como o meu amigo. Ele corre perigo, tenho certeza..." Uma história apaixonante e dramática sobre amor, lealdade e sobre o poder da imaginação. Perfeita para qualquer um que já tenha tido um grande amigo - real ou não...

Gente! Adorei este livro!
Ele é narrado pelo "amigo imaginário" de Max. Max é um menino muito especial. Especial mesmo e, por isso, também precisa de alguns cuidados especiais. Seu amigo imaginário, Budo, sabe disto e cuida muito dele. Budo descreve com detalhes, mas muita sutileza, como Max se comporta e, você, talvez nem perceba que Max passa pelo Transtorno do Espectro Autista. 
Budo é o "anjo da guarda" de Max, que estuda numa escola, num outro país. Ele está inserido numa turma, mas também recebe um atendimento especializado da professora Patterson, durante o período que está no colégio. Eles não simpatizam com a professora Patterson, pois ela é bem diferente da professora da turma, que demonstra gostar muito de todos, além de ensinar e contar histórias como ninguém!
Mas, por um descuido de Budo, Max começa a ficar mais tempo com a Sra. Patterson e Max não lhe conta o porquê. Certo dia, Max desaparece da escola, no horário da aula. Como isto seria possível? Por que Max fugiria? Ou teria sido sequestrado? Para onde teria ido ou sido levado? Como estaria, visto que precisava de alguns cuidados especiais?
Seu "amigo imaginário", se culpava por Max ter sido afastado de sua família e estava disposto a fazer qualquer coisa que estivesse ao seu alcance. Mas como ajudar, se ninguém conseguia vê-lo ou escutá-lo, além de Max e outros amigos imaginários, de outras crianças? Ou estaria aí a chave da solução?
Você vai se envolver, torcer e se emocionar com "Memórias de um amigo imaginário! Não perca!



Autor: Raquel Laurino
Editora: Gráfica Pallotti
Ano: 2016
Páginas: 48
Gênero: Poesia Brasileira
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

"Neste pequeno livro, Raquel demonstra dons essenciais ao poeta, quais sejam, primeiramente a sagacidade em captar o momento fugidio e sutil em que o inusitado acontece; segue-se uma acuidade do olhar para perceber, entre o corriqueiro e cotidiano, o traço essencial que torna singular um instante, um ato, em que o fato se torna acontecimento". Oscar Brisolara (professor e escritor)

Conheço um pouco do trabalho da Raquel Laurino, que é professora da Educação Básica, além de poeta. Ela é daqui, de Rio Grande, graduada em Letras e Mestre em História da Literatura, ambos pela FURG.
Fiquei muito curiosa ao enxergar este exemplar, lá na Feira do Livro da FURG, pensando o que poderia encontrar nele e, confesso, que me surpreendeu! Sou professora de Matemática, nem escritora, nem poeta, mas gente! Este livro é um encanto, um recanto de reflexões e reflexos de paixões! (Aqui, tentei fazer como a escritora faz no livro... Sei que foi mal, desculpem-me!)
A Raquel tece suas poesias e brinca com as palavras de uma forma muito envolvente, como já observamos no título "Une verso em dez encantos" ( dez encantos ou desencantos?). São 34 poesias para ler, sentir, refletir e se emocionar. Nelas, encontramos paixões, emoções, reflexões sobre trabalho e realidade sócio-política e, por que não, cultural, além de abordar questões étnico-raciais. 
Vou dar um aperitivo para vocês:

Cafezal
                                Raquel Laurino
O diamente negro
adoça o pé de café.
Nega-se o doce
à boca negra.

Na caneca, sorve-se
só o gosto amargo
do doce sangue derramado.

O preto ao pé da cana sonha
mas o branco na cama nem pensa
no preto em cana.

Um pequeno grande livro que você começa e não quer parar.
Uma ótima dica de leitura deleite para as férias. Você vai amar!



Autor: Renato Russo
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Páginas: 168
Gênero: Biografias e Memórias
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

vinte e nove dias sem álcool e drogas: o diário que o líder da Legião Urbana escreveu na clínica de reabilitação. O relato escrito por Renato Russo entre abril e maio de 1993, expondo sua luta contra a dependência química e pela vida, finalmente está à disposição de seus fãs. Um depoimento íntimo, corajoso e repleto de humanidade. Mais do que os bastidores de uma das maiores bandas da música brasileira, e mais do que a reafirmação da sensibilidade do astro do rock, o que emerge destas páginas é o grande homem por trás do mito, determinado a se erguer das sombras em busca de luz.

Já contei que sou fã da Legião Urbana, mas confesso que esperava mais deste livro...
Mas, o erro foi meu, pois já havia lido que era como um diário do tempo em que Renato esteve internado numa clínica de reabilitação para dependentes químicos.
O fato é que, como fã e conhecedora das letras de suas músicas, esperava "grandes tratados filosóficos", poesias, dramas ou crônicas deste momento difícil e, o que encontrei, foi um relato de um dependente químico que, com muita coragem, procura se livrar do vício.
Mas, é preciso reconhecer todos os méritos desta obra! Não é fácil relatar suas fraquezas, dificuldades, erros e aspectos negativos. E é o que vemos aqui! Um homem valente, sendo verdadeiro, se redescobrindo e se avaliando diariamente, procurando ser cada vez melhor. É, sim, um relato de alguém que despe sua alma e se revela, com muita coragem a um mundo invadido por diversos tipos de pre-conceitos.
Este livro é composto por anotações diárias que Renato fez quando esteve em Vila Serena, e que faziam parte do seu Plano de Tratamento. Algumas páginas trazem "recortes" desta escrita e de alguns desenhos feitos pelo Renato. Quem é fã, vai identificar partes de letras de suas músicas aqui. De fato, Renato as escreveu enquanto estava na clínica e posteriormente, as aproveitou em suas músicas.
Um livro para te fazer refletir!




Autor: Lisa Genova
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2009
Páginas: 288
Gênero: Ficção
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

Alice (no filme, interpretada por Julianne Moore) sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle, mas nada é para sempre. Perto dos cinquenta anos, Alice Howland começa a esquecer. No início, coisas sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse, provavelmente, talvez a menopausa; nada que um médico não dê jeito. Mas não é o que acontece. Ironicamente, a professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável. Poucas certezas aguardam Alice. Ela terá que se reinventar a cada dia, abrir mão do controle, aprender a se deixar cuidar e conviver com uma única certeza: a de que não será mais a mesma. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a enxergar a si própria, o marido (Alec Baldwin), os filhos (Kate Botsworth, Hunter Parrish e a queridinha de Hollywood, Kirsten Stewart) e o mundo de forma diferente. Um sorriso, a voz, o toque, a calma que a presença de alguém transmite podem devolver uma lembrança - mesmo que por instantes, e ainda que não saiba quem é. 

Um livro que adorei! 
Comprei "Para sempre Alice", pois queria ver o filme, mas prefiro ler a história antes, pois, depois de ver o filme, acabamos sugestionados e a imaginação acaba tolida. Além do mais, todos os filmes fazem adaptações e mudam um pouco a história...
Apesar de ser uma obra de ficção, todo o enredo foi baseado em estudos médicos; houve todo um trabalho de pesquisa para que a história pudesse ficar o mais próxima da realidade.
Alice é uma professora muito conceituada, pesquisadora, com diversas publicações e inúmeros convites para palestrar no meio científico. Próximo de completar seus 50 anos, percebe alguns problemas de memória e, por isso, procura sua médica, pois faz uma associação disso com a menopausa. Mas esse problema com a memória começa a ficar pior e ela é orientada a procurar um outro médico e aí vem a desconfiança de estar com Alzheimer. Alice não aceita, pois é muito nova. Vai sozinha no médico e após alguns exames, tem o diagnóstico de Alzheimer de instalação precoce! 
A partir daí, começa o drama. Como e quando contar para sua família? Como será sua vida a partir de agora? E o pior é quando descobre que esta doença é genética e fica se culpando por, possivelmente, tê-la passado aos seus filhos!
"Para sempre Alice" é um livro envolvente, fascinante, comovente. Uma boa dica de leitura para suas férias!


Autores: Dado Villa-Lobos, Felipe Demier e Romulo Mattos
Editora: Mauad
Ano: 2015
Páginas: 256
Gênero: Biografias e Memórias
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

"A certa altura, ficou impossível continuar, a música não repercutia mais. Dava a impressão de que nos apresentávamos para ninguém. O nosso som não estava sendo escutado e nós não tínhamos retorno algum da plateia; ou, melhor dizendo, recebíamos uma resposta muito ruim, pois parecia que uma parte da massa se rebelava contra a banda. O Renato ficou colérico porque as pessoas jogavam no palco aquelas bombas de artifício em forma de pequenas dinamites. Lembro que a cena era surreal: eu tocando e as bombas caindo e explodindo ao meu lado. E o roadie, com um copinho d'água, tentava apagá-las ou chutá-las. O Renato ameaçou encerrar o show se o público não parasse com aquilo e anunciou, como punição, que pularia três músicas do setlist. Ouvimos muitos xingamentos. (...) De fato, o tempo fechou no estádio Mané Garrincha e chegou uma hora em que a ação da massa aparentava não ter mais nada a ver conosco: ela se autonomizara por completo e criara um caos com vida própria. Era como se estivessem acontecendo dois eventos paralelos no estádio, e a nossa apresentação era o evento secundário diante de uma multidão raivosa."

Fui presenteada com este livro no meu último aniversário e, como fã da Legião, é desnecessário dizer o quanto amei!!!
Demorei bastante tempo para lê-lo e, por isso, minha filha ficava "pegando no meu pé". Num determinado dia, quando terminei de ler mais um trechinho, me peguei recordando momentos, de poucos anos atrás (risos), de situações vividas, ao som da Legião. E me dei conta do porquê desta leitura andar tão devagar! Além das recordações, ao avançar mais páginas e sabendo como esta história ia acabar, diminuía o ritmo, não queria que o Renato morresse! Não queria o fim da Legião! Pode parecer ( e sei que é loucura!), mas percebi que estes sentimentos me invadiam...
O Dado conta como foi sua vida, na Legião, e antes de ser um legionário. Narra como tudo começou, o convite para participar da banda, seus primeiros shows e as dificuldades de quem está começando. Conta dos problemas  que tinham. Também de como conheceu a Fernanda e como ficou com ela. Das dificuldades do Renato e de como faziam para tentar lidar com isso. Mostra quando a banda começou a ficar reconhecida e as outras dificuldades trazidas pelo sucesso da Legião, como os inúmeros convites para shows, nas mais diferentes regiões do Brasil.
O livro é lindo, com fotos de diversos momentos de sua vida! E o Dado é muuuuito lindo!
Antes de terminar, preciso dizer que, ainda estava lendo "Memórias de um legionário", quando o Dado e o Bonfá, convidaram o André Frateschi para realizarem vários shows, para comemorar os 30 anos do lançamento do 1º disco. A turnê foi denominada "Legião Urbana XXX anos". E, no dia 15/11/15, fui a Pelotas e assisti ao show!!! Para mim, um sonho realizado! Uma experiência surreal! E, antes que falem, também penso que a Legião, sem o Renato, não tem como continuar. Mas, foi bom demais assistir ao show! E sei que todos lembraram com muito carinho do Renato, que, obviamente, foi homenageado!
Voltando ao livro, não deixem de lê-lo!!!