Autor: Susannah Cahalan
Editora: Belas Letras
Ano: 2015
Páginas: 300
Gênero: Biografias e Memórias
Resenha por: Leila
Nota: ★★★ + 

Uma jovem jornalista com uma carreira promissora em Nova York se vê aprisionada em sua própria insanidade com uma doença que nenhum médico consegue diagnosticar. A rotina no jornal onde ela trabalha é substituída por inexplicáveis alucinações, surtos e ataques de paranoia - os mesmos sinais atribuídos a casos de possessão. Poderia se tratar de um episódio  de House, mas é a história de Susannah Cahalan, que escreve com impressionante riqueza de detalhes o período de terror em que se transforma em desconhecida para si mesma e seus familiares. Sem poder contar com a memória para escrever sua reportagem mais difícil, Susannah recorre aos próprios rascunhos do período em que esteve doente, além de relatos de médicos, familiares, namorado e documentos para construir um drama psicológico sobre os caminhos misteriosos e assustadores do nosso próprio cérebro.

Este livro teve um valor muito especial para mim, porque o ganhei do meu filho, no dia das mães, em 2015. Eu estava lendo "A teoria de tudo" e ele foi numa livraria de nossa cidade e acabou decidindo comprar este para me presentear, pois os temas eram muito semelhantes.
Susannah era uma jovem jornalista, que, de repente, começa a ter algumas dificuldades no trabalho, pois sua memória lhe pregava algumas peças e começou a ver tudo de maneira distorcida e estranha. Perdeu até a confiança em pessoas muito próximas, como seu namorado. Mas tudo isto, já eram os primeiros sintomas de uma doença rara, que vem não se sabe bem de onde, nem o porquê... Encefalite autoimune provocada pelos receptores anti-NMDA (aminoácido N-metil-D-aspartato). Estes receptores são responsáveis pelo aprendizado, memória e comportamento, além de serem recursos fundamentais na química de nosso cérebro. Podem ser encontrados em todo o cérebro, mas a maior parte fica concentrada nos neurônios do hipocampo e nos lobos frontais. Se eles ficam incapacitados, a mente e corpo param de funcionar. 
Susannah começou a ter alucinações, esquecer de compromissos importantes, além de se comportar, cada vez, de maneira mais estranha. Pensaram que estava louca, paranoica. muitas pessoas com esta doença acabam parando num sanatório, mas Susannah, contava com toda a dedicação e carinho da família e do namorado, que foram incansáveis, procuram os melhores neurologistas, até que chegaram num diagnóstico, que proporcionou um tratamento ainda em tempo de não ocorrer algo pior! Isto me fez pensar na insegurança dos diagnósticos e na fragilidade que encontramos na saúde...   
É um livro envolvente, de uma história real, que vai te enlouquecer!
Boa leitura!


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